Cloud Computing: Adoção e conceitos

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Um dos motivadores da adoção de cloud computing é a atual situação econômica, que impulsiona as empresas a repensarem suas estratégias e a romperem paradigmas em busca da redução de custos. Somado a isso, o cenário corporativo exige um aumento da eficiência dos serviços e, ainda, apresenta uma crescente demanda por inovações baseadas em tecnologia.

Em um contexto caracterizado pela diversidade de sistemas e ambientes, e custos de manutenção crescentes para manter a tecnologia, cloud surgiu como uma alternativa lógica. Projetos que propõem recursos internos são considerados conservadores, uma vez que a agilidade reduzida e as limitadas opções de inovação acabam comprometendo os planos de aumento de competitividade.

Estudos recentes realizados pela ASM indicam que na América Latina mais de 60% das empresas já utilizam serviços entregues através da nuvem, incluindo aplicações de e-mail e de gestão empresarial, como ERP. Especificamente no Brasil, a adoção de serviços de cloud se intensificou nos últimos anos. Dentre os modelos de serviço disponíveis, SaaS é o que lidera em termos de adoção na região latino-americana, seguido por IaaS e PaaS.

O Brasil ocupa a 9ª posição no ranking da Asia Cloud Computing Association (ACCA) entre as nações que oferecem melhores condições para a oferta de computação em nuvem, atrás somente de Hong Kong, Cingapura, Nova Zelândia, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Japão e Estados Unidos.

Tipos de Serviço

Atualmente existem três modelos principais de cloud computing sendo ofertados às empresas mundialmente. Alguns argumentam que poderíamos considerar um quarto modelo, chamado de CaaS, ou Communication as a Service, porém o mais comum é que as tecnologias envolvidas nesse modelo façam parte das ofertas de infraestrutura as a service. Até o final deste post, e parte do que será publicado na semana que vem, trataremos de esclarecer alguns conceitos fundamentais relacionados a cloud computing.

Infraestrutura como um serviço ou Infrastructure as a Service (IaaS): serviços que envolvem o pagamento pelo uso de recursos de infraestrutura ofertados através da nuvem, como servidores, equipamentos de rede, softwares de segurança e armazenamento. Tais recursos são de propriedade da empresa proprietária do datacenter a partir do qual os serviços são disponibilizados. Não há perda do controle por parte do cliente final sobre a instalação, gerenciamento e configuração de suas aplicações e bases de dados.

Plataforma como um serviço ou Platform as a Service (PaaS): oferece um ambiente completo para rodar ou aperfeiçoar uma aplicação. Através deste serviço é possível compilar, testar, implantar, gerenciar e atualizar aplicações de diferentes tipos. A infraestrutura oferecida pela plataforma inclui, por exemplo, servidores, armazenamento e rede, além de ferramentas de desenvolvimento, serviços de BI (Business Intelligence) e sistemas de gerenciamento de banco de dados. A PaaS disponibiliza também o planejamento de capacidade, aquisição e manutenção de licenças de produtos de software, infraestrutura e middleware de aplicativo subjacente e ferramentas de desenvolvimento.

Software como um serviço ou Software as a Service (SaaS): este é o tipo de serviço em nuvem mais utilizado, os exemplos mais comuns no mundo empresarial são as contratações como serviço de aplicações de CRM, e-mail corporativo e, de forma mais consistente nos últimos anos, ERP. Através do SaaS, a empresa contrata o serviço de utilização da aplicação de um provedor responsável pela infraestrutura, segurança e suporte ao software contratado.

No próximo post abordaremos os tipos de nuvens disponíveis e os benefícios da utilização da computação em nuvem.